quarta-feira, 10 de abril de 2013

ALGUMAS DOENÇAS CARDIOVASCULARES

Parte 1


     São descritas a seguir as principais doenças pertinentes ao sistema cardiovascular, assim como suas respectivas sintomatologias.

Infarto do Miocardio

     O infarto ocorre quando o suprimento de sangue a uma parte do músculo cardíaco é reduzido ou totalmente suprimido, com consecutiva formação de áreas de necrose. Isso acontece quando uma artéria coronária está contraída ou obstruída, parcial ou totalmente. Com a supressão total ou parcial da oferta de sangue ao músculo cardíaco, ele sofre uma injúria irreversível e, parando de funcionar, leva o que resta do coração à morte súbita, morte tardia ou insuficiência cardíaca.

Sintomatologia
     Consiste em uma pressão desconfortável no tórax ou nas costas, com duração de alguns minutos. Geralmente a dor se espalha para ombros, pescoço ou braços, sendo acompanhada de tonturas, suor, naúseas, respiração curta ou falta de ar e sensação de plenitude gástrica. Algumas pessoas, como diabéticos ou idosos, no entanto, podem não sentir essa dor.


Angina pectoris

     A angina apresenta-se sob duas formas: a estável e a intável. Ambas apresentam manifestações ou sintomas semelhantes aos do infarto do mocárdio. Essa doença geralmente se desenvolve em decorrência da diminuição do aporte sanguíneo ao miocárdio e, quando não tratada, pode evoluir para um infarto.
     Há certas características que difereciam a angina estável do infarto do miocárdio:

                              Angina estável                                                 Infarto                                       

Caracteristica da     Intensa de curta duração                          Intensa de longa duração
dor                          (< 15 min.)                                                (> 15 min.)
                               Aumenta nos esforços,                              Estável e persistente
                               cessa no repouso
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Manifestações          Discreta dor irradiada ou                         Dor irradiada para
paralelas                  ausência                                                  ombros, pescoço ou
                                                                                             braços, tontura, suor,
                                                                                             náuseas, respiração curta,
                                                                                             falta de ar e sensação de
                                                                                             plenitude gástrica.
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Uso de                     Eficaz                                                    Ineficaz
medicamentos


Na próxima postagem veremos a continuação de mais algumas doenças. Bjs... 

terça-feira, 9 de abril de 2013

 Doenças Cardíacas

     São chamadas de doenças cardíacas quaisquer disfunção que possam comprometer o sistema cardiovascular e impedir a realização de suas funções vitais: suprir todas as células do corpo de oxigênio e nutrientes, removendo as excretas e os produtos do metabolismo. Quando a oxigenação e a nutrição das células ficam comprometidas, algumas complicações ou doenças extra cardíacas podem ocorrer. Caso o cliente não seja bem assistido, poderá desenvolver sérias doenças cardiovasculares.

     Fator de Risco para Doenças Cardíacas

     Qualquer cliente pode apresentar fatores de risco. Um bom profissional, portanto, deve estar atento para fazer o devido encaminhamento. Tem-se por costume tratar apenas a patologia com a qual o cliente chega à unidade. Contudo, deve-se fazer uma abordagem holística, de modo a atender a necessidade sentida do momento, prevenindo assim agravos futuros.
     Um fator de risco pode ser considerado qualquer situação, hábito, condição ambiental ou fisiológica capaz de predispor um indivíduo ou grupo a uma doença ou a um estado não saudável. No que tange ao cliente suscetível a cardiopatia, este poderá apresentar tanto fatores de risco mutáveis ou reversíveis como imutáveis ou irreversíveis. Tais fatores são apresentados a seguir.

Fatores de risco mutáveis ou reversíveis

     São fatores que podem mudados, prevenidos ou tratados. Para tanto, é necessário cooperação por parte do cliente, pois o controle dos fatores só é possível se há alteração ou modificação em seu estilo de vida e seus hábitos pessoais. Ele deve receber uma orientação adequada a sua condição social e financeira.
     Cabe ressaltar que o conhecimento do fator de risco é de extrema importância e representa grande avanço no âmbito da prevenção, já que sua detecção precoce pode reduzir de modo significativo o desenvolvimento de doenças ou, no mínimo, retardar o seu início. Eis os fatores de risco mutáveis:

Tabagismo

     Pesquisas mostram que o risco de ataque cardíaco em um fumante é duas vezes maior que em um não-fumante. O cigarro é composto de várias substâncias, dentre as quais, nicotina possui efeito constritor em alguns vasos, estimulando a liberação de substâncias chamadas catecolaminas, que aumentam a frequência cardíaca e a pressão arterial o monóxido de carbono liga-se à hemoglobina formando a carboxihemoglobina, o que resulta numa deficiência na oxigenação dos tecidos. Portanto o fumante de cigarros tem maior chance de morrer subitamente.
     Deve-se ressaltar que fumantes passivos também tem grande risco de sofrer um ataque cardíaco.

Colesterol elevado

     Quando os níveis de colesterol no sangue estão elevados, são maiores os riscos de doença no coração. Sendo assim, cabe ao enfermeiro ou ao profissional de saúde orientar o cliente quanto à importância de uma dieta equilibrada.
     Deve-se lembrar também que o colesterol elevado, associado à pressão arterial elevada e ao tabagismo, aumenta a possibilidade de desenvolvimento de doenças cardíacas.

Pressão arterial elevada

     Em um portador de hipertensão (pressão elevada), o coração precisa trabalhar mais, fato que contribui para que esse músculo hipertrofie. Isso faz com que ele aumente de tamanho e, com o passar do tempo, fique mais fraco, aumentando os riscos de um ataque. A elevação da pressão também aumenta o risco de um acidente vascular cerebral, de lesão nos rins e insuficiência cardíaca. O risco de um ataque cardíaco num cliente hipertenso aumenta se este for fumante, diabético, obeso e possuir níveis elevados de colesterol.

Hábitos sedentários

     A falta de atividades físicas é outro fator que aumenta o risco de doença nas coronárias. Exercícios físicos regulares, de moderados a vigorosos, são muito importantes para evitar doenças cardiovasculares. A atividade física também previne obesidade, hipertensão, diabetes e reduz os níveis de colesterol.

Obesidade

     O excesso de peso aumenta a probabilidade de acidente vascular cerebral ou de doença cardíaca, mesmo na ausência de outros fatores de risco. A obesidade exige maior esforço do coração, além de estar relacionada a doenças das coronárias, pressão arterial, colesterol elevado e diabetes.

Diabetes melito

     O diabetes é um sério fator de risco para doenças cardiovasculares ou cerebrais, mesmo quando o nível de açúcar no sangue estiver controlado. Na presença de diabetes, os outros fatores de risco tornam-se mais significativos e ameaçadores.

Contraceptivos orais

     Os atuais anticoncepcionais ou contraceptivos orais possuem pequenas doses de hormônios, e os riscos de doenças cardiovasculares são praticamente nulos para a maioria das mulheres. No entanto, fumantes, hipertensas ou diabéticas devem evitar o seu uso, pois, nesse caso, os riscos aumentam.

Estresse

     O estresse aumenta o risco de doenças cardíacas e potencializa os demais fatores de risco.

Fator de risco imutáveis ou irreversíveis

     São fatores imutáveis aqueles que não podem ser mudados ou tratados. São eles:

Fatores hereditários

     Filhos de pessoas portadoras de doenças cardiovasculares têm maior propensão a desenvolver doenças desse tipo.

Idade

     Quatro entre cinco pessoas acometidas de doenças cardiovasculares têm mais de 65 anos. O aumento da idade normalmente cursa, dentre outros fatores, com o desenvolvimento de arteriosclerose, que aumenta o risco de problemas cardíacos.

Sexo

     Geralmente, os homens têm maiores chances de sofrer ataques cardíacos, que normalmente ocorrem numa faixa etária menor. Estudos mostram que, mesmo depois da menopausa, quando a taxa de hormônios das mulheres sofre alterações, ela nunca é tão elevada como a dos homens.

Etnia

     Estudos comprovam que há, na população negra, maior incidência de risco de doenças cardíacas, uma vez que há também, entre os negros, maior quantidade de hipertensos.